Uma excelente imagem tendo como fundo o rio Douro!Trouxe-me à memória um poema de António Cabral, meu professor e amigo.AQUI, O HOMEMNem Baco nem meio Baco!: Aqui é o homem,desde as mãos ossudas e calosas,desde o suorao sonho que transpõe as nebulosas.Montes de pedra dura, gólgotasonde os geios são escadas!Venham ver como sobe o desesperoe a esperança, de mãos dadas.É o homem. Isso é o homem.– Nem sátiro nem fauno –Uma vontade erguida em rubro gládioque ganha a terra, palmo a palmo.Vinhas que são o inferno, o únicoem que o fogo é a taça da alegria!Venham ver um senhorgrandioso como o sol ao meio-dia.Nem Baco nem meio Baco!: Aqui é o homemque nada há que não suportemas suporta e persiste.Aqui é o homem até à morte. António Cabral, Poemas Durienses.
Caro Padre Jorge,bela imagem de um, sempre, belo rio... de oiro!abs
Uma excelente imagem tendo como fundo o rio Douro!
ResponderEliminarTrouxe-me à memória um poema de António Cabral, meu professor e amigo.
AQUI, O HOMEM
Nem Baco nem meio Baco!:
Aqui é o homem,
desde as mãos ossudas e calosas,
desde o suor
ao sonho que transpõe as nebulosas.
Montes de pedra dura,
gólgotas
onde os geios são escadas!
Venham ver como sobe o desespero
e a esperança, de mãos dadas.
É o homem.
Isso é o homem.
– Nem sátiro nem fauno –
Uma vontade erguida em rubro gládio
que ganha a terra, palmo a palmo.
Vinhas que são o inferno,
o único
em que o fogo é a taça da alegria!
Venham ver um senhor
grandioso como o sol ao meio-dia.
Nem Baco nem meio Baco!:
Aqui é o homem
que nada há que não suporte
mas suporta e persiste.
Aqui é o homem até à morte.
António Cabral, Poemas Durienses.
Caro Padre Jorge,
ResponderEliminarbela imagem de um, sempre, belo rio... de oiro!
abs