terça-feira, 26 de julho de 2011

S. Joaquim e Santa Ana: os avós

Celebra o calendário católico neste dia a memória litúrgica de S. Joaquim e de Santa Ana, segundo a tradição os pais de Maria, Mãe de Jesus.
A sociedade civil aproveita, muitas vezes, as celebrações de índole cristã para fazer marcar certos aspectos profanos, muitas vezes com interesses meramente ou sobretudo economicistas. desta vez quiz instituir o Dia dos Avós.
Até certo ponto está bem. S. Joaquim e Santa Ana foram os pais de Maria e, por conseguinte, os avós de Jesus.
Costumamos ouvir dizer, com algum acerto, que quando se reconhece a necessidade de celebrar qualquer aspecto em particular num determinado dia do ano isso não é bom sinal. concordo. Dia dos Direitos Humanos, Dia da Mulher, Dia da Criança, Dia da Liberdade, Dia do Trabalhador... Porque há muito quem esqueça os Direitos Humanos, os direitos e a igualdade essencial das mulheres em relação aos homens, os direitos das crianças, dos trabalhadores, a liberdade humana e social nas suas variadas acepções...
O mesmo acontece com os Avós, recordados e homenageados neste dia (triste civilização!)...
Porque durante as últimas décadas se esqueceram e desprezaram completamente os Avós e os idosos em geral, o seu papel e missão no mundo e nas famílias, o muito que têm a ensinar a todos, a sua condição de pessoas... foi preciso instaurar o Dia dos Avós...
Porque o nosso estúpido primeiro mundo só considera o ser humano enquanto ele produz, rende, contribui (fiscalmente, entenda-se), esqueceu e desprezou (ou antes: esquece e despreza) quem já não produz dinheiro, quem já não rende para o erário público (para a segurança social), quem já não contribui fiscalmente. pelo contrário, quem é apenas (na mesma perspectiva) um encargo e uma despesa. (triste mundo!!!)
Por isso começa este nosso excelente primeiro mundo a perguntar-se e a discutir se não seria melhor eliminar, destruir, matar esses que não rendem nem produzem, antes são apenas um enorme encargo que faz desequilibrar a balança social (outra enormidade!): os idosos, os dependentes, os doentes incuráveis, os deficientes... será que sim?assim, de facto, talvez se equilibrasse a célebre balança...
E toca a inventar dias dos Avós para querer valorizar precisamente o que se esqueceu, desprezou e negligenciou (ou melhor: esquece, despreza e negligencia).
E a valorizar o lugar e a missão dos idosos, no tão propagandeado Encontro de Gerações... sempre apenas ou sobretudo com interesses economicistas: porque os Avós têm uma acção positiva, uma missão activa na sociedade, blá, blá, blá... (claro, eles podem sempre ir levar e buscar os netos à escola ou ao colégio e ajudá-los a fazer os trabalhos de casa porque os pais, vítimas da sociedade stressante e  esgotante em que vivemos, não têm tempo para isso...) mais uma vez o dinheiro e só o dinheiro a mandar. sim, valorizar o papel e a missão dos Avós, dos idosos, porque dá jeito, porque permite poupar euros ou dólares e dar tempo aos pais (afastando-os ainda mais dos filhos)...
Não seria melhor, mais acertado valorizar, sim, a importância da missão dos Avós, do tal encontro de gerações (que nunca devíamos ter feito desencontrarem-se), no sentido cultural? no sentido de valorizar-mos a riqueza (não monetária ou financeira, claro) que os Avós e os idosos em geral (ou até mesmo uma pessoa deficiente) com a sua sabedoria e experiência acumulada, significam para o equilíbrio pessoal, social, anímico e para a saúde global de todas as pessoas das outras gerações com quem convivem? e deixarmos, duma vez por todas de ser hipócritas, contruindo um mundo de máscaras, de lobos em peles de cordeiros?

como diz alguém: talvez valha mesmo a pena pensar nisto.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

outras andanças: Figueira de Castelo Rodrigo

foi uma descoberta ocasional.
mas uma linda, bela surpresa.
uma terra e uma região encantadoras, belíssimas, serenas...



a igreja de Figueira de Castelo Rodrigo.
só vi o exterior... 


e a vista de Castelo Rodrigo, com as suas ruínas de rara beleza


é daquelas terras das quais digo: quero lá voltar!
(mas com tempo)

terça-feira, 5 de julho de 2011

outras andanças: mosteiro de Celanova

                                                                             

      Celanova, Orense, Espanha




 

uma ala do belo claustro



































e, na igreja, uma curiosa imagem de Santo Antão, com o familiar porquinho aos pés...